sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sorry =/

Te ver assim faz com que minha pele se rasgue e minha boca se encha de sangue, por nada fazer. A cada dia como esse, mais vejo o quanto inútil posso me tornar, não obstante meu desejo de lutar sozinho contra esse exército que te segue. Meus braços se cruzam involuntariamente, enquanto eu te vejo indo ao chão. Eu luto contra mim mesmo numa busca incessante por meios de fugir do meu corpo e encarar esses medos que não são apenas teus, mas muito meus. Enquanto o mundo cai em tua cabeça, eu fico amarrado à essas grades enferrujadas a te observar. Eu grito, mas minha voz desaparece. Meus braços sangram e meus pulsos se cortam. Continuo no mesmo lugar!
Quando finalmente as algemas se quebram, percebo que meus pés estão estáticos no chão, e minhas pernas presas uma a outra. O tempo vai passando e parece-me que você está cada vez mais pior e precisando de mim. A cada passo curto que dou, muito do chão parece grudar em meus pés. Caminho em passos lentos e as cicatrizes aumentam. Quando chego à tua frente, tu cai em meus braços. É nesse momento que percebo o quanto fraca sou, pois não tenho coragem de dizer o que tu merece ouvir. Resta-me, agora, segurar-te.

Nenhum comentário:

Postar um comentário